Cuidados íntimos

Produtos testados e comprovados para a saúde do consumidor

 

Cuidados íntimos
08 OCT 2024 ALS

 

Os cuidados com áreas íntimas femininas e masculinas envolvem uma série de produtos voltados para a saúde e higiene, além de tratamentos especializados para condições ginecológicas e urológicas. Nesse processo, os produtos e tratamentos são constantemente submetidos a rigorosos testes para garantir sua segurança e eficácia, além da sua conformidade com as legislações regulatórias em vigor.

Este artigo aborda a importância desses cuidados, com destaque para os principais tipos de produtos e metodologias de estudos de segurança em uso, além das implicações para a saúde genital dos consumidores.

Produtos de higiene íntima e seus desafios

A categoria de cuidados íntimos inclui uma variedade de produtos como: sabonetes íntimos, lenços umedecidos, géis lubrificantes e douches. Esses produtos são amplamente utilizados para higiene íntima e tratamentos específicos de condições genitais do público feminino e masculino. No entanto, apesar de sua popularidade, alguns estudos apontam riscos associados ao uso inadequado desses produtos, principalmente de produtos com ingredientes que podem alterar o microbioma da flora vaginal e/ou causar irritações nas mucosas da região genital.

Entre as abordagens mais discutidas, o uso de duchas vaginais e sprays íntimos é especialmente controverso. Esses produtos podem alterar o equilíbrio natural do pH vaginal e do microbioma, predispondo as mulheres a infecções, como vaginoses bacterianas e infecções urinárias por exemplo, dentre uma série de outros desequilíbrios da flora íntima e seu pH natural. A American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG) recomenda evitar o uso indiscriminado de produtos para região íntima que não sejam formulados especificamente para manter o equilíbrio fisiológico dessa região.

O que diz a ANVISA sobre hidratantes íntimos femininos

Os hidratantes íntimos são recomendados principalmente para mulheres que enfrentam ressecamento vaginal, uma condição que pode resultar em desconforto, coceira, irritação e até dor durante as relações sexuais. Esses produtos têm como objetivo restaurar a umidade natural da mucosa vaginal, equilibrar o pH e proporcionar mais conforto no dia a dia.

A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) passou a classificar os hidratantes íntimos femininos como produtos correlatos de grau 3 obedecendo as regras de classificação definidas no Anexo I da Resolução 751/2022, devido a possibilidade de efeitos indesejados se usados de forma inadequada. Essa mudança de classificação requer agora o registro dos produtos na ANVISA e não mais uma simples notificação. Esses produtos precisam comprovar a segurança e a eficácia, além de fornecer informações detalhadas sobre o modo de uso e restrições. A classificação leva em conta a probabilidade de efeitos indesejados, a formulação, a finalidade de uso e as áreas do corpo a que se destinam.

Os fabricantes destes produtos, que são classificados como dispositivos médicos, necessitam protocolar as petições de reenquadramento sanitário de produtos que tiverem seu regime modificado de notificação para registro em função da atualização das regras de classificação, conforme prazo informado pela RDC 751/2022, que passou a vigorar a partir de março de 2024.

Testes de eficácia e segurança

Para garantir que os produtos íntimos sejam seguros e eficazes, eles são submetidos a diversos tipos avaliações, dentre os quais:

1. Testes de Irritação Cutânea e Sensibilidade: avaliam a ausência do potencial dos produtos de causarem irritação ou sensibilização na pele da vulva, vagina ou região perineal. Produtos inadequados podem causar dermatites ou exacerbar condições como a vulvodínia, além de diversas outras complicações quando da alteração do equilíbrio da flora íntima. A utilização de produtos hipoalergênicos e com pH balanceado é incentivada para garantir a segurança de produto.

2. Testes Microbiológicos: analisam o impacto dos produtos no microbioma vaginal confirmando a não alteração da flora bacteriana natural da região. A manutenção de um microbioma saudável é fundamental para a prevenção de infecções.

3. Testes de Eficácia Funcional: verificam se os produtos atendem aos objetivos a que se propõem, como redução de odores ou a promoção de sensação de frescor, sem prejudicar a saúde genital e não desequilibrando o pH da região. .

Produtos ginecológicos e urológicos: Considerações especiais

Além dos produtos de higiene íntima, o mercado oferece tratamentos específicos para questões urológicas e ginecológicas. O campo da ginecologia cosmética, por exemplo, tem crescido com procedimentos que variam de rejuvenescimento vaginal a tratamentos funcionais, como a correção da incontinência urinária.

Procedimentos como rejuvenescimento vaginal e uso de laser têm ganhado popularidade e devem ser realizados sob supervisão médica rigorosa. Esses tratamentos podem trazer benefícios, como a melhora da qualidade de vida e da função sexual, especialmente em casos de menopausa ou pós-parto mas também podem apresentar riscos que precisam ser geridos adequadamente.

A correta formulação e uso de produtos para cuidados íntimos são fundamentais para a manutenção da saúde ginecológica e urológica. A escolha de produtos que respeitem o microbioma e o pH natural das áreas íntimas, aliada ao acompanhamento médico e a testes rigorosos de eficácia e segurança, é essencial para prevenir complicações e garantir a saúde integral dos usuários. Testes científicos visam cada vez mais suportar um produto seguro para uso e são cruciais para comprovar que estes produtos cumpram suas promessas sem comprometer a saúde genital de seus consumidores.

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